Há tempos caminho
No meu atol de sonho
Por entre a areia fina
Catando conchas
Sinto no rosto
O carinho da brisa
Seu hálito tão doce
A dizer “Somos tolos”
Sim, somos tolos!
Somos gigantes
Crianças
E amamos
Somos covardes
Somos guerreiros
Brigando com nós mesmos
Lutando e nos rendendo
É sempre a mesma lua
Que nos vigia o sono
Quando nos entregamos
Feito escravos sem dono
E a brisa faz volteios
Beijando meu pescoço
Prendendo num abraço
O que nem sei de mim
“Vem comigo!”
Diz a brisa, encantadora e viva
“Vamos fingir que ser feliz é fácil
E te farei poeta, ao custo de um sorriso...”
Respondo com silêncio
E sigo no meu sonho
Sentindo o seu perfume
Enquanto fito o chão
Por entre a areia fina
Catando conchas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário