Era uma vez um menino
Que vendeu seus sonhos...
Era uma vez um velho
Que não tinha tempo...
E uma mulher casada
Que às vezes chorava...
...Sempre que chovia
O menino dormia debaixo do viaduto
Esperando pelos fregueses
Que dia a dia lhe consumiam os sonhos e a inocência.
...Sempre que podia
Entre uma e outra sessão de quimioterapia
O homem corria tentando (re)viver
Toda sua vida nos seis meses que lhe restavam.
...Sempre que sorria
A mulher pensava no doloroso adultério
De trair a si mesma entregando seu corpo (mas não sua alma)
Aquele homem que já não amava.
Era uma vez um poeta que nada entendia
E um dia cortou os pulsos
Não se sabe por desilusão amorosa
Recurso estilístico
Ou por não mais poder
Sentir...
8/20/2006
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