10/20/2006

Poema da minha amiga Arethusa

Arlequim


A lágrima do palhaço irá corroer seu sorriso.
Figura desconfigurada,
Sorriso torto, disfarçado.
Maquiagem, o pó da festa.
Disfarce...
Desvio no olhar borrado, desilusão poética.
Sofrer introspectivo, alcalino.
Disfarçado entre o desejo e o cortejo inaudito,
Entre a droga festejante e a festa que anima.
O brilho chove, tornando belo um breve murmurar.
O brilho chove pela beleza de brilhar.
Forçosamente o palhaço pula pela carência de amar.
Cara lágrima que tende a escorrer,
Desmaquilando, desmoronando ao som do baile.
Destruindo a máscara,
Desagregando a fantasia.
Falsos cavaleiros:
– Sintam o corroer dos olhos, insistindo em olhar, insistindo em escorrer.
Cachoeira ácida de gota unitária.
Canal de rio seco marcado no rosto.
– Sintam o pesar desse olhar.
– Sintam a intensidade dessa Lágrima.


Arethusa Eire - 26/04/06 – 21:50

Ao Arlequim!

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